Empresas, empregos, receita do Estado e salário de servidores estaduais na berlinda

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A queda na atividade econômica devido às restrições de circulação de pessoas e de atividades por causa da pandemia do coronavírus tem causado preocupação geral nas empresas, pois as vendas começam a despencar, mas os gastos com funcionários e outros custos são fixos. Só a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) já falava na terça-feira em queda de 30% no número de passageiros nos ônibus, e que deve crescer até 50%. Empresários de comércio, serviços e indústria também estão de cabelos em pé.

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Se a crise se prologar, pode gerar desemprego ou até quebradeira de empresas, mesmo que os bancos já anunciaram medidas como adiamento da cobrança de dívidas. Agora, imagine o impacto que isso terá também na arrecadação de impostos para prefeituras, Estados e União. O Rio Grande do Sul já está atrasando os salários, e esse atraso para os servidores estaduais pode se agravar muito com a queda expressiva na arrecadação do ICMS. No mês de abril, ainda há o pagamento do IPVA (se é que vai ser mantido), que pode salvar temporariamente a receita do Estado, mas, depois, o problema deve se agravar, até porque a economia gaúcha já vai sofrer também com a quebra da safra.  

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Se, de um lado, existe o drama de tomar medidas para tentar frear o coronavírus e salvar vidas, de outro existe a preocupação com a sobrevivência de empresas e empregos. É uma linha tênue entre alarmismo e prevenção. Algumas empresas adotam medidas mais precavidas para tentar proteger seus funcionários, como no posto Coopaver, onde frentistas e funcionários usavam máscaras, apesar de as autoridades recomendarem o uso só para pessoas com suspeita de coronavírus ou para quem vai entrar em contato com elas. Mas é bem melhor se precaver agora para frear o vírus do que a situação se agravar depois.